Lygia Bojunga - Literatura infanto-juvenil tratando de temas sérios

 

Lygia Bojunga Nunes, nascida em Pelotas, Rio Grande do Sul, no dia 26 de agosto de 1932, é uma escritora brasileira de literatura infanto-juvenil. Foi a primeira autora, fora do eixo Estados Unidos – Europa, a receber o Prêmio Hans Christian Anderson, o mais importante prêmio literário da literatura infanto-juvenil. Em sua obra destacam-se “Os colegas” (1972), “Angélica” (1975), “A bolsa amarela” (1976), “A casa da madrinha” (1978), “Corda bamba” (1979) e “O sofá estampado” (1980).

No cenário brasileiro, com frequência tem sido reportada como a herdeira ou sucessora de Monteiro Lobato, por estabelecer um espaço em que a criança tem — através da liberdade da imaginação — uma chave para a resolução de conflitos. Algumas vezes, no cenário internacional, costuma-se compará-la a Saint-Exupéry e a Maurice Druon, pela notável sensibilização infantil, misturando com habilidade o real e a fantasia, alcançando um estilo fluente, entre o coloquial e o monólogo interior.

Consciente de que literatura é comunicação, não recusa tratar de temas considerados problemáticos, como suicídio, em “7 Cartas e 2 Sonhos” (1983) e “O Meu Amigo Pintor” (1987); assassinato, em “Nós Três” (1987); e abandono dos filhos pela mãe, no conto "Tchau" (1984).

É um dos maiores nomes da literatura infanto-juvenil brasileira e mundial, assim consagrada pela qualidade de sua obra e caracterização da problemática da criança, acuada dentro do núcleo familiar. Sua obra já foi publicada em alemão, francês, espanhol, sueco, norueguês, islandês, holandês, dinamarquês, japonês, catalão, húngaro, búlgaro e finlandês.


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