José Rezende Filho e o drama de "Tonico"

José Rezende Filho nasceu em Recife, em 1929, mas passou a maior parte da infância em Carpina, no estado de Pernambuco, onde concluiu o ensino fundamental. Iniciou sua atividade literária bem cedo, fundando uma revista de curta duração, A Capital, no Recife, aos 17 anos. Até os 20 anos já havia escrito alguns romances, como “Os Irmãos Ravenas”, “Zelsica”, e “Doutores de Engenho”, mais as novelas “O tenente Zé Falcão” e “O Colar Sangrento”. O autor se destaca pela abordagem introspectiva e filosófica de seus personagens. Sua escrita é conhecida por ser profunda e muitas vezes poética, explorando questões existenciais, de identidade e de relações interpessoais.

Em 1950 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde pôde publicar alguns de seus contos em jornais e revistas. Morou dez anos em Brasília, atuando como jornalista profissional e servidor público. De volta ao Rio de Janeiro, em 1969, lançou no ano seguinte “Dimensão Zero” e, em 1977, pouco antes de sua morte, publicou “Tonico”. Tonico é um personagem que de certa forma representa todas as crianças pobres e órfãos do Brasil. A história conta o dia-a-dia de sua luta, aos treze anos, nas ruas de São Paulo.

A obra de "Tonico" aborda temas universais como o sofrimento, a busca por sentido, a solidão e as questões familiares. O autor utiliza o personagem principal para explorar esses dilemas existenciais que ressoam com leitores de diferentes contextos e gerações.

Assim como outras obras de José Rezende Filho, "Tonico" foi adaptado para outras formas de arte, incluindo o teatro. A adaptação teatral de "Tonico" mantém a essência do livro, refletindo as complexidades do personagem principal e seus dilemas existenciais.

 

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