Heena Baek e As Balas Mágicas
Baek Hee-na nascida em 1 de dezembro de 1971, em Seul, é uma autora sul-coreana de livros ilustrados, ilustradora e animadora. Ela escreve livros ilustrados com personagens que têm personalidades distintas e com uma narrativa encantadora baseada em várias experiências de produção de ilustração. Seus livros ilustrados foram traduzidos e publicados em vários idiomas, incluindo inglês, alemão, chinês, japonês, sueco e norueguês. Baek sempre experimenta algo novo em imagens e técnicas. Ela produz e compõe obras de arte e produz livros para exposições e filmes, utilizando a técnica de ilustração 3D. Em especial, cria personagens usando "Sculpey" (marca de argila polimérica muito popular entre artistas e artesãos, conhecida por sua versatilidade e facilidade de modelagem). Vários personagens principais são produzidos de acordo com suas principais expressões faciais e utiliza a técnica de animação “stop-motion” (técnica de animação que cria a ilusão de movimento através de uma sequência de fotografias de objetos estáticos). Ela mesma produz os cenários para as histórias e verifica a iluminação para a fotografia, construindo seu universo artístico único. O Comitê Diretor da ALMA resume sua obra de arte por meio do seguinte comentário: “Baek Hee-na é uma artista que desenvolve o campo dos livros ilustrados, mostrando técnicas e soluções artísticas ousadas e intransigentes, combinando de forma interessante artesanato feito à mão e elementos de animação.”
“Balas Mágicas“ foi o primeiro livro da autora publicado no Brasil, lançado em junho de 2022 pela Companhia das Letrinhas, com tradução realizada pelo coletivo ARA Cultural. Com ele, Heena Baek recebeu em 2020 o Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA), um dos mais importantes prêmios da literatura infantil no mundo. Balas Mágicas tornou-se o livro mais premiado de sua carreira.
Baek combina escultura de
personagens, cenários físicos (dioramas) e fotografia—criando um
efeito que mistura livro ilustrado e animação em estampas
congeladas em “frames” expressivos.
A narrativa traz a
jornada de Dong Dong, um menino tímido e solitário que, ao saborear
balas mágicas, descobre que pode ouvir os sons escondidos — como o
sofá reclamando de um controle remoto ou o diálogo com seu próprio
cachorro — e aprende a ter coragem para se expressar. O livro
inspirou o curta-metragem de animação “Magic Candies”,
produzido pelo estúdio japonês Toei Animation e dirigido por
Daisuke Nishio. A animação levou cerca de quatro anos para ser
concluída, contou com participação ativa da autora e chegou a ser
indicado ao Oscar de Curta-Metragem de Animação em 2025.
A
escolha da autora em trabalhar com objetos simples, cenas cotidianas
e expressões sutis visa despertar uma sensibilidade maior nos
leitores — para acolher sentimentos, aumentar a empatia e valorizar
a forma narrativa entre palavra, imagem e design.

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