Alexandre Rampazo e as imagens do "Silêncio"
Alexandre Rampazo nasceu em abril de 1971, na cidade de São Paulo, formou-se em Design pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo, em 2001. Foi diretor de arte e atualmente é autor e artista gráfico - a partir de 2008 passou a dedicar-se integralmente à literatura infantil. Desde então, assinou cerca de 70 livros, entre os seus próprios como autor‑ilustrador e como ilustrador de textos de outros autores. Um lugar para Coraline, Eustáquio, O espetáculo continua, Vai rolar, O que você vê, Silêncio, Orbitar, Coisas para deslembrar, O que é que isso é?, Imensamente pequeno, O mágico magnífico, Um belo lugar, Pinóquio – O livro das pequenas verdades, A história do pássaro e o realejo, entre muitos outros. Rampazo já recebeu importantes distinções e prêmios literários, como a Lista de Honra do IBBY 2022, o Prêmio Jabuti, o Prêmio FNLIJ e o Premio Fundación Cuatrogatos, entre outros. Além do Brasil, seus livros também foram publicados em vários países da América Latina e da Europa.
Ele possui obras utilizadas como referência em catálogos, programas escolares e também temas de dissertação acadêmica, o que atesta a profundidade e relevância estética de seus livros (cores, formatos, construção visual). Em uma matéria de 2015, Rampazo relembra que sua paixão por ilustrar começou na infância, ao frequentar a biblioteca escolar e imaginar histórias além dos textos. Ele enxerga a ilustração como ponte entre leitor e narrativa, capaz de abrir portas para mundos imaginários
Em sua obra “Silêncio”, seu décimo nono trabalho autoral publicado, no centro da narrativa está a história que o avô conta: a de uma lagarta que “não vive nos contos de fadas, mas que magicamente revive a mesma vida”, até transformar-se numa borboleta. Essa metáfora poética reflete de forma singela e poderosa a jornada de transformações que atravessamos ao longo da vida, ressaltando como o silêncio e o tempo nos conduzem a mudanças internas profundas.
Mais do que uma simples história
infantil, “Silêncio” convida o leitor — criança ou adulto —
a pausar e escutar o que as imagens, os espaços vazios e o silêncio
revelam. O cenário ártico, a lembrança da infância e o vínculo
com o avô se somam à ambientação visual para criar uma
experiência reflexiva e emocional.
Segundo resenhas como
a da “Rascunho”, a obra apresenta uma narrativa poética onde a
personagem relembra a infância, especialmente uma memória marcante
com o avô. Esse toque de reminiscência cria uma ponte emocional
entre passado e presente, entre silêncio e aprendizado.

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